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Eu não estou a fim de bancar o modernista radical que excomunga o passado e se faz de revolucionário fingindo que não há nenhuma influência e contribuição ao presente, pelo contrário, quando se trata de boas músicas não se deve fazer exclusiva referência ao artista, mas imprescindivelmente à arte que é a essência, é isto que defendo. Não é preciso diferenciar a música atreladas à quantidade das que se vinculam a qualidade e é por isso que talvez as pessoas tenham um nível de cultura tão baixo, nesse sentido mantenho uma posição conservadora, mas o que acontece é que além de RC ser repetitivo e comercial ainda fazer dele “Rei” é absurdo, primeiro, “rei” de quê? Segundo que esse termo surgiu nos anos 70 quando ele ainda tocava no “pediu? Tocou...” das rádios – ele também nunca foi nada modesto para amenizar o título –.
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Entendo e admiro Roberto Carlos pela significativa participação na história da música brasileira, precursor do rock nacional como alguns defendem, mas trata-se de um artista mediano de letras musicais e de dom vocálico que faz lembrar “existem melhores” com uma dúzia de músicas que valem a pena ouvir e outras que parecem uma mentira dita mil vezes, mas tudo bem, quem não gosta, não ouve. Existem outros que na minha concepção comparados a Roberto não deixam nada a desejar. Ex: Caetano Veloso, Tim Maia, Elis Regina, Simone, Gilberto Gil, Gal Costa, Chico Buarque, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Nana Caymmi, Maria Betânia entre outros, e nem por isso são tratados como “reis” apesar de que a MPB não usaria essa denominação, primeiro, por que não vivemos em uma monarquia, segundo, por que preferiria “gênio”, “ícone”, “expressão máxima”... Não “rei”, é brega.
Só gostaria que abrissem espaço para inúmeros artistas talentosos que há no país e que não contam com nenhum empresário rico por trás para financiar o início de carreira.
Amorim Anderson – Um rei sem coroa!
¹Termo em Fracês, "passagem de ano".
Rio Largo (AL)
Rio Largo (AL)
Junho|2011